Estados Unidos e China, principal rivalidade do esporte olímpico neste século, chegam ao último dia dos Jogos Olímpicos de Paris separados por apenas uma medalha de ouro. Os chineses lideram com 39 conquistas, uma a mais que os americanos, que têm 38, mas levam ampla vantagem nas pratas (42 a 27).
O dia decisivo será este domingo. A China tem como sua principal chance de ouro o levantamento de peso até 81kg feminino, com Li Wenwen, campeã olímpica em Tóquio-2020. Além disso, a China corre a maratona e ciclismo de pista, e compete no pentatlo moderno.
Atletas do time Brasil voando alto em Paris
Os Estados Unidos, em desvantagem, apostam nos esportes coletivos de quadra. A principal é no basquete feminino, modalidade em que reinam desde Atlanta-1996, e enfrentam a França, às 10h30 (de Brasília). No vôlei feminino, depois de eliminar o Brasil, os EUA jogam a decisão contra a Itália, às 8h, em duelo que promete ser equilibrado.
Os americanos são favoritos também no ciclismo de pista, com Jennifer Valente, atual campeã olímpica do Omnium feminino, e também está na final do wrestling (até 76kg), com Kennedy Blades.
Disputa pódio a pódio
Os chineses recuperaram a liderança neste sábado. Os dois países iniciaram o dia empatados (33 para cada lado), mas os asiáticos foram ao lugar mais alto do pódio no levantamento de peso (102kg masculino), saltos ornamentais (plataforma de 10m masculino), manteve sua hegemonia por equipes do tênis de mesa feminino, além da ginástica rítmica, nado artístico e no boxe.
Já os americanos, além do ouro do Dream Team, venceram os revezamentos 4x400m (masculino e feminino) e os 100m com barreiras do atletismo. Também foram ouro no futebol feminino, superando o Brasil.
A rivalidade entre Estados Unidos e China se acentuou a partir de 2008, quando os chineses organizaram os Jogos e transformaram o alto investimento na formação de atletas em resultados. Em Pequim, o país asiático terminou na frente pela primeira vez (48 a 36), mas não conseguiu sustentar a liderança nas edições seguintes. O mais próximo que chegou foi em Tóquio, há três anos, quando apenas um ouro separou as duas nações no quadro de medalhas.
A proximidade entre as duas potências se refletiu também na maneira em que os próprios países passaram a encarar o quadro de medalhas. Algumas das principais publicações americanas adotaram nos últimos anos a contagem pelo número total de pódios — o que deixa os americanos amplamente em vantagem em qualquer edição, inclusive em Paris. Já a mídia chinesa chegou a considerar as medalhas de Taiwan e Hong Kong na somatória, critério pelo qual os chineses ficariam à frente dos americanos em Tóquio-2020, com 42 ouros. Os dois territórios são considerados competidores independentes pelo Comitê Olímpico Internacional (COI).