Muito além dos adversários, o Atlético-MG sub-20 tem enfrentado problemas com a Covid-19 nestes primeiros passos na Copa São Paulo de Futebol Júnior. Na última rodada, contra o Andirá-AC, o time jogou com 12 desfalques, entre infectados e considerados contatos próximos. A conta atual é de seis atletas com teste positivo para a doença.
A lista inclui os atacantes Felipe Felício e Luiz Filipe (considerados titulares na equipe do técnico Marcos Valadares) e os meias Yan, Vitor Lima, Alexandre e Caio Mota. O meia Gabriel Santos e o atacante Matheus Araújo, que haviam sido diagnosticados com Covid-19 antes da viagem para Lins (SP), já cumpriram o período de quarentena e se apresentaram nesta sexta-feira ao elenco.
Atlético-MG Sub-20 tem sofrido com quantidade de casos de Covid-19 na Copinha — Foto: João Viegas/Atlético
Segundo o médico da delegação, Lucas Galuppo, dos atletas com casos ativos atualmente, todos possuem quadro assintomático ou de poucos sintomas. O protocolo do clube prevê uma quarentena de 10 dias antes de um exame para avalizar o retorno aos gramados.
- Após 10 dias da testagem eles passam por exames cardiológicos, e estando com exames normais vão ser liberados e reintegrados ao grupo - disse Galuppo, à TV Galo.
Retornos
O mesmo protocolo prevê o afastamento imediato de atletas considerados contatos próximos àqueles testaram positivo. No caso, jogadores que dormiram no mesmo quarto, e provavelmente estiveram mais expostos ao vírus.
No Atlético, quatro atletas ficaram fora da vitória por 1 a 0 sobre o Andirá-AC, nessa quarta-feira, por esse motivo. Entre eles, o centroavante Guilherme Santos - que fez um dos gols do Galinho na estreia, contra o Desportivo Aliança-AL (3 a 1) - e o meia Júlio César, titular e camisa 10 do time. O meia Emanuel e o lateral Hamilton foram os outros dois afastados.
Guilherme Santos, atacante do Sub-20 do Atlético-MG, ficou afastado do último jogo — Foto: Bruno Cantini/Atlético-MG
Seguindo o protocolo, os quatro ficaram reclusos por três dias, e passaram por uma nova testagem. Com resultados negativos, foram liberados para reintegrar o elenco e ficam à disposição do técnico Marcos Valadares para a partida deste sábado, contra o Linense (SP), às 16h30 (de Brasília).
Primeiro colocado do Grupo 4, o Galinho já está classificado para a segunda fase da competição, e joga por um empate para garantir a liderança. O jogo deste sábado tem transmissão do SporTV e Tempo Real do ge.
- Como o próprio campeonato já demonstrou, sabemos que qualquer que seja o adversário será um confronto equilibrado, seja na fase de grupos ou no mata-mata - assegurou o lateral-direito Carlos Daniel, um dos destaques individuais do time até aqui.
Covid é preocupação na Copinha
O aumento do número de casos no estado de São Paulo é uma preocupação da Federação Paulista, que organiza a Copinha. A entidade estuda endurecer o protocolo sanitário para monitorar a quantidade de casos.
Até o momento, além do Galo, foram registrados casos de coronavírus entre atletas de Comercial, Palmeiras, Botafogo e São Paulo, por exemplo. Com protocolo próprio, o Galo é um dos poucos clubes que tem feito testes com regularidade.
O protocolo atual da Copinha determina a testagem apenas de quem não concluiu o ciclo vacinal com duas doses ou com a vacina de dose única.
Atlético-MG x Desportivo Aliança Copinha — Foto: João Viegas/Atlético
Nesses casos, atleta ou membro de comissão técnica que tenha o ciclo incompleto (com uma dose), deve realizar teste de antígeno com prazo de 24 horas antes de cada partida. Quem não tomou vacina deve fazer teste RT-PCR até 48 horas antes de cada duelo.
Os testes são de responsabilidade de cada clube participante, mas, segundo apurou o ge, poucos clubes estão fazendo, com a brecha do regulamento. Inclusive, a maioria das equipes está alojando três jogadores por quarto nos hotéis utilizados nas cidades-sede - estrutura disponibilizada pela organização da competição. A recomendação, desde o início da pandemia, era de privilegiar quartos separados para evitar a transmissão de vírus em lugares fechados.