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Íbis enfrenta Náutico 22 anos após vitória histórica nos Aflitos, última sobre um dos grandes do Recife Times jogam neste sábado, às 16h, na abertura do Pernambucano, e ge entrevistou protagonistas de triunfo de 2000, que quebrou tabu de 40 anos; Pássaro Preto está de volta à elite estadual
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(Foto: Confiança Web TV e Rádio)
Íbis enfrenta Náutico 22 anos após vitória histórica nos Aflitos, última sobre um dos grandes do Recife
Times jogam neste sábado, às 16h, na abertura do Pernambucano, e ge entrevistou protagonistas de triunfo de 2000, que quebrou tabu de 40 anos; Pássaro Preto está de volta à elite estadual
Por Lucas de Senna e Marcel Tito — Recife
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Em 2000, Íbis surpreende Náutico nos Aflitos e quebra jejum de 40 anos
“Como disseram na época: quem diria, que, um dia, um ex-jogador e técnico viria aos Aflitos após 40 anos ganhar do Náutico. Então, isso é história. História forte.”
O episódio lembrado por Hugo Benjamin é, de fato, forte. Marcante na história do Campeonato Pernambucano, que terá a sua edição 2022 iniciada na tarde deste sábado (21) com um duelo que traz à tona justamente o jogo ao qual faz referência o ex-zagueiro e ex-técnico. O dia em que o Pior Time do Mundo, também conhecido como Íbis, venceu o Náutico nos Aflitos.
Gol de Marquinhos, do Íbis, na histórica vitória sobre o Náutico por 1 a 0, nos Aflitos, em 25 de março de 2000 — Foto: Reprodução
O feito do dia 25 de março de 2000, quando o Íbis venceu o Timbu nos Aflitos, por 1 a 0, foi relembrado num encontro de dois protagonistas daquela tarde. Hugo Benjamin, então comandante do Pássaro Preto - e com passagens pelo Náutico como jogador e técnico - , recebeu em sua casa o ex-atacante Marquinhos, autor do gol do triunfo. Os dois não se encontravam há mais de dez anos.
Marquinhos e Hugo Benjamin, personagens da história vitória do Íbis sobre o Náutico, em 2000 — Foto: Reprodução
O confronto aconteceu pela última rodada do primeiro turno do Pernambucano de 2000. Os dois clubes haviam disputado oito jogos até se encontrarem. Fazendo jus à fama, o Íbis não havia vencido nenhuma partida. Era o lanterna, com três empates e cinco derrotas.
O pensamento do Timbu estava voltado para a segunda parte do Estadual - o Sport havia conquistado o primeiro turno de forma antecipada. O jogo marcava a estreia do novo técnico, Luís Carlos Cruz, circunstância que Benjamin faz questão de detalhar.
- Foi interessante essa passagem. Quando o técnico chega, novato, ele não vai diretamente para o jogo. Ele chegou na quinta-feira, o jogo era no sábado. Esperava-se que ele fosse para a arquibancada, social, e deixasse um assistente (no comando do time). Mas ele viu lá o Íbis... "Pô, vou começar ganhando. Pior time do mundo, vou nessa" - deduz Benjamin, que recorda do diálogo dos dois após a vitória do Pássaro Preto.
"Quando terminou o jogo, ele gentil e educadamente veio em minha direção, estendeu a mão, eu estendi a minha. Ele apertou e me puxou. Na hora que puxa, diz para mim: 'Meu time é muito ruim'. Aí quando ele vai saindo, puxo ele de volta e digo: 'Não, seu time não é ruim. O meu é que é bom!'
Notícia da vitória do Íbis sobre o Náutico, no Pernambucano de 2000 — Foto: Reprodução Jornal do Commercio
O resultado foi 1 a 0 e foi pouco. O melhor jogador em campo foi Caetano, o goleiro do Náutico. O segundo herói. O primeiro foi Marquinhos.
— Hugo Benjamin, técnico do Íbis em 2000
O herói do jogo
Marquinhos estava no Íbis, mas o seu vínculo era com outro rubro-negro: o Sport. Era um dos atletas emprestados pelo Leão ao Pássaro Preto para a disputa do Campeonato Pernambucano - eram dez, segundo Hugo Benjamin. Sport que tinha, à época, um elenco recheado de craques, como Bosco, Russo, Leomar, Nildo e Leonardo, protagonistas temporada memorável do Leão.
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Documentário O Balé de 2000, sobre temporada memorável do Sport
Assim como Hugo Benjamin, Marquinho tem as recordações daquela tarde e temporada bem acesas. Enaltece que o Íbis fez frente aos times grandes no campeonato, contrariando a fama histórica do clube.
Antes de o Íbis marcar o gol da vitória, o Náutico havia perdido um pênalti — Foto: Reprodução
- Quem joga em time intermediário sabe que não é fácil vencer time grande, inclusive dentro da sua casa. A gente conseguiu esse feito, que foi vencer o Náutico. E no campeonato a gente conseguiu outros feitos também, que foi empatar com o Santa Cruz. Perdemos duas partidas para o Sport, mas pelo placar mínimo, inclusive o último jogo a gente perdeu de 1 a 0, gol aos 48 minutos, de Jackson - argumenta.
Marquinhos e Hugo Benjamin, protagonistas da histórica vitória do Íbis sobre o Náutico, em 2000 — Foto: Reprodução
Lembra, inclusive, do lance que deu origem ao gol.
- Houve uma falta. Eu corri para receber, e Neto bateu a falta rapidamente. Quando ele tocou para mim, a gente já tinha um certo entrosamento porque a gente veio do Sport, eu toquei de primeira. Ele sabia que eu ia dar o giro e sair em velocidade. Ele pegou, tocou de volta e na saída de Caetano eu toquei por cima e fiz o gol - narra.
Lance da vitória do Íbis sobre o Náutico no Campeonato Pernambucano de 2000 — Foto: Reprodução
A vitória, o gol e o desempenho na temporada foram importantes para Marquinhos. Ele atribui ao desempenho com a camisa 11 do Pássaro Preto o seu aproveitamento no Sport na temporada seguinte.
- Depois daquele ano, de 2000, eu, Ronald (goleiro) e Neto Bala, que deu o passe para mim, a gente teve oportunidade no Sport, e graças a Deus a gente ficou no Sport - diz, definindo o gol contra o Náutico como o maior feito da sua carreira.
Foi um feito, do meu ponto de vista, o maior (da carreira). Fiz alguns gols importantes jogando pelo Sport, mas não como no Íbis. Um time que não tinha recurso, pequeno, com a fama de pior time do mundo, vencer um time grande, dentro da sua casa...
— Marquinhos, ex-atacante do Íbis
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Em 2000, vitória do Íbis sobre o Náutico gera resenha com torcedores nas ruas do Recife
Previsões otimistas
Hugo Benjamin e Marquinhos têm um carinho especial pelo Íbis. Deixam isso bem claro quando comentam com otimismo a possibilidade de assistirem, neste sábado, o Pássaro Preto aprontar mais uma vez para o Náutico.
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De volta à elite do Pernambucano, Íbis quer deixar histórico de derrotas no passado
- Se o Íbis, durante 15, 20 minutos, segurar esse jogo, não tomar o gol, as coisas podem crescer para o Íbis. O Náutico que se cuide! - analisa o ex-técnico Hugo Benjamin, endossado por Marquinhos.
É entrar com o pezinho no chão, ciente do que deve fazer. Cumprir à risca o que foi planejado e ter tranquilidade. Segurar o Náutico nos primeiros minutos. Depois, é consequência. Estou aqui na torcida para que o Íbis vença.
— Marquinhos, ex-atacante do Íbis
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