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Publicada em 20/02/22 às 21:41h - 14 visualizações
‘Pagar com a vida é muito forte’, diz irmã de brasileira presa por tráfico de drogas na Tailândia; crime é punido com pena de morte
Mary Helen Coelho Silva e outros dois homens foram presos com 15,5 quilos de cocaína, com valor equivalente a cerca de R$ 7,5 milhões. Mary é moradora de Pouso Alegre (MG).

Confiança Web TV e Rádio

 (Foto: Confiança Web TV e Rádio)

Por Lara Silva, g1 Sul de Minas — Pouso Alegre, MG

 


Mariana Coelho (direita) com sua irmã Mary Hellen (esquerda) — Foto: Arquivo pessoal

Mariana Coelho (direita) com sua irmã Mary Hellen (esquerda) — Foto: Arquivo pessoal

“Nosso objetivo é que ela não pegue a prisão perpétua ou pena de morte”.

É o que disse a irmã de uma jovem de 21 anos que foi presa no aeroporto de Bangkok, na Tailândia na última semana. Mary Hellen Coelho Silva e outros dois homens foram presos com 15,5 quilos de cocaína, com valor equivalente a cerca de R$ 7,5 milhões. A Tailândia é um dos países onde o tráfico de drogas pode ser punido com pena de morte, dependendo da quantidade e das circunstâncias.

Mary mora em Pouso Alegre com a mãe e os irmãos. Ela e a irmã mais velha, Mariana Coelho, eram próximas e sonhavam em abrir uma loja para vender os bolos que elas produziam juntas. Em entrevista ao g1, Mariana contou como foi a descoberta da prisão da irmã na Tailândia e como foram estes últimos dias.

Segundo Mariana, a notícia da prisão chegou por meio de um áudio da própria irmã por meio de um aplicativo de mensagens.

“No domingo passado ela fez contato comigo. Ela me mandou um áudio desesperada falando que tinha sido presa na Tailândia. Pediu para eu ajudar ela de alguma forma, entrar em contato com a embaixada brasileira. Só que eu não tinha noção da dimensão daquilo, não sabia da gravidade. Pra mim, ela estava viajando para Curitiba atrás de algum namorado, estas coisas que os jovens fazem”, relembrou Mariana.

Mariana contou que só começou a entender a gravidade da situação depois que começou a pesquisar sobre o assunto e descobriu sobre as possíveis punições que a irmã poderia sofrer. A notícia pegou a família de surpresa e a mãe dela, que luta contra um câncer, precisou ser internada quando soube que a filha havia sido presa no país asiático.

Cocaína estava escondida em compartimento oculto da bagagem, segundo as autoridades tailandesas — Foto: RPC/Reprodução

Cocaína estava escondida em compartimento oculto da bagagem, segundo as autoridades tailandesas — Foto: RPC/Reprodução

“A gente não sabia. Ela trabalhava com carteira assinada em uma churrascaria da cidade. Ela tinha o serviço dela, tudo certinho. A gente não sabe o que levou ela a fazer isso. A gente ficou em estado de choque, estamos desesperados”.

Apesar de ter sido presa por tráfico de drogas, a irmã contou que não sabia do envolvimento de Mary com este crime. Desde que a prisão aconteceu, ela e a família estão sem informações sobre a brasileira.

“A gente quer uma notícia dela, saber como ela está sendo tratada lá. Acho que a família tinha direito de pelo menos saber como ela está. Imagina a gente aqui, uma semana, sem saber o que aconteceu. A gente não sabe nada. Esse crime gravíssimo e as vezes ela não tinha nem consciência do que estava acontecendo. Eu acho que ela não sabia de nada disso, pra mim ela foi enganada, induzida”, afirmou.

Morador de Apucarana foi preso com 6,5 quilos de cocaína, na Tailândia — Foto: RPC/Reprodução

Morador de Apucarana foi preso com 6,5 quilos de cocaína, na Tailândia — Foto: RPC/Reprodução

Diante da falta de notícias da irmã e o medo de uma possível condenação na Tailândia, a família e os amigos estão mobilizando as redes sociais pedindo para que Mary Hellen seja trazida para o Brasil. Eles querem que ela seja julgada pela justiça brasileira.

“Queremos uma ajuda, não é possível que não tem nada o que ser feito. Eu mandei um e-mail para o Itamaraty. Eles me retornaram dizendo que tem ciência que a minha irmã estava presa em Bangkok, mas que eles não poderiam contratar um advogado. Eu não sei na verdade como eles podem ajudar. Acho que ninguém tem direito de tirar a vida de ninguém. Pagar com a vida é muito forte, ne? Uma menina de 22 anos é muito jovem”, afirmou.

A família conta com a ajuda de advogados do município, mas estão em busca de brasileiros que possam ajudar direto da Tailândia.




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