O Centro de Operações (COR) informou que a cidade entrou em Estágio de Mobilização às 6h45 da manhã desta sexta-feira (25) por causa dos problemas na mobilidade. Funcionários do BRT do Rio de Janeiro entraram em greve na madrugada desta sexta-feira (25). Os rodoviários pedem melhores condições de trabalho, mais segurança e reajuste nos salários.
Este é o segundo nível de uma escala que vai até cinco — e normalmente é alterada quando há temporais.
Diversas estações do sistema nem sequer abriram. Passageiros relataram que, às 6h, nenhum ônibus articulado estava passando. As linhas regulares, fora do BRT, estão circulando normalmente.
Apenas o corredor Transoeste operava parcialmente — a Prefeitura do Rio montou um plano de contingência e conseguiu manter em operação apenas a linha Santa Cruz-Alvorada, mas operada por ônibus comuns. “Transcarioca e Transolímpica estão paralisados”, destacou a prefeitura.
Passageiros esperam em estação do BRT em Madureira, na Zona Norte do Rio — Foto: Reprodução/ TV Globo
Perrengue para os passageiros
O Rio tem três corredores do BRT, compostos por faixas exclusivas e veículos próprios, com paradas semelhantes às do metrô, onde o passageiro paga a tarifa e passa pela roleta antes de embarcar.
Sem o BRT, no entanto, muitos usuários precisam pegar até três conduções para fazer o mesmo trajeto. Como os ônibus regulares não podem trafegar pelas pistas exclusivas, a viagem pega o trânsito do rush da manhã.
“Chegamos aqui e o rapaz disse que estão em greve. Tem ônibus nenhum. Eu não vou trabalhar desse jeito. Saí de casa eram três da manha. Eu vou pegar uma van e vou embora para casa”, disse uma passageira em Madureira.
Também em Madureira, Ângela buscava condução para Curicica, onde trabalha. “Vou tentar uma alternativa. Não tem ônibus direto, só uns quatro ou cinco para chegar lá. A gente sai de manhã e é pego de surpresa. No dia a dia já é difícil, o BRT é lotado, e hoje nem tem”, reclamou.
Grandes terminais, como Madureira, na Zona Norte, e Mato Alto, na Zona Oeste, registravam longas filas.
Pelo menos 60 ônibus estão parados na garagem do BRT na Rua Leonardo Vilas Boas, em Jacarepaguá, no Rio — Foto: Reprodução/ TV Globo
Prefeitura: ‘Greve é ilegal’
Na semana passada, a Prefeitura do Rio assumiu de vez a operação do sistema, após uma intervenção de um ano. Uma nova concessão será feita.
Em nota, a prefeitura disse que não recebeu qualquer comunicado sobre a intenção dessa paralisação ou a pauta de reivindicações.
“Trata-se de uma greve ilegal. Sem qualquer tipo de aviso prévio, os motoristas do sistema BRT entraram em greve. A Prefeitura do Rio, por meio da empresa MOBI-Rio, orienta à população que procure outra alternativa de transporte público para se locomover”, afirmou.
Ainda segundo a prefeitura, a Presidente da MOBI-Rio, Cláudia Seccin, tentou, “sem sucesso”, iniciar uma negociação com os grevistas. “Mas eles se negaram a conversar.”
Motoristas fazem manifestação em frente à unidade II do BRT, em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio — Foto: Reprodução/ TV Globo
Passageiros se aglomeram em Madureira para pegar um ônibus regular durante greve do BRT — Foto: Reprodução/ TV Globo
Fila na estação Mato Alto do BRT, na Zona Oeste do Rio — Foto: Reprodução/ TV Globo
Passageiro protesta com corpo parcialmente para fora de veículo do BRT na estação Mato Alto — Foto: Reprodução/ TV Globo
Passageiros protestam na estação Mato Alto do BRT — Foto: Reprodução/ TV Globo
Ônibus parados na garagem do BRT em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio — Foto: Reprodução/ TV Globo