João Paulo Di Medeiros
O Atlético-GO mostrou força e derrotou o Goiás, de virada, por 3 a 1, na Serrinha para se tornar o campeão do Goianão de 2022. Na tarde deste sábado (2), o time atleticano prevaleceu sobre o rival e chegou ao 16º título em sua história, se tornando o segundo maior campeão da competição de forma isolada.
Com a vitória dentro da Serrinha, o Atlético-GO termina a competição como o clube com mais pontos conquistados (33) e repete o que fez sobre o Goiás na última vez em que se encontraram na final. Assim como em 2019, o Dragão venceu as duas partidas sobre o rival para confirmar a superioridade na decisão e erguer o troféu.
A disputa nesta temporada também era um tira-teima entre os dois clubes, que já tinham disputado oito finais de Campeonato Goiano desde 2006. Até então, cada um tinha saído vencedor em quatro ocasiões, mas com o resultado desta tarde de sábado (2) na Serrinha o Dragão deu um passo à frente neste confronto direto.
Esperança esmeraldina
O técnico Glauber Ramos contou com o meia Élvis e o atacante Nicolas já no time titular. Com isso, o Goiás se mostrou uma equipe mais ofensiva e utilizava bastante o lado direito do ataque com Diego e Apodi, que se revezavam no apoio por aquele setor.
A torcida esmeraldina compareceu em grande número e apoiava a equipe a todo momento. O Atlético-GO fazia uma partida sóbria com uma marcação forte e com tentativas de saídas rápidas para o ataque, já que contava com um trio ofensivo muito móvel composto por Shaylon, Wellington Rato e Léo Pereira.
Se o Goiás não conseguia chegava com a bola rolando, o expediente da bola parada foi fundamental para o time esmeraldino igualar as condições dentro da decisão. Aos 30 minutos, o meia Élvis cobrou escanteio no primeiro poste e encontrou Nicolas, que subiu para cabecear entre o volante Gabriel Baralhas e o zagueiro Wanderson. O gol colocou Nicolas na artilharia isolada da competição.
O Atlético-GO respondeu ainda no 1º tempo. Aos 43 minutos, Dudu foi lançado na lateral direita e progrediu em direção da área. O lateral rubro-negro acertou belo passe para Shaylon, que chegou batendo para vencer o goleiro Tadeu. Com ajuda do árbitro de vídeo, Luiz Flávio de Oliveira anulou o gol do Dragão porque Dudu foi flagrado em posição de impedimento.
Show atleticano
O Goiás voltou para o 2º tempo sem Pedro Raul, que sentiu um problema físico. Albano entrou na partida e logo no primeiro lance sofreu com Marlon Freitas. O capitão do Dragão se desvencilhou da marcação do meia e acertou um belo chute da entrada da área para vencer Tadeu e empatar a partida.
A equipe esmeraldina não teve tempo sequer de assimilar o golpe. Aos cinco minutos, Shaylon fez boa jogada pela direita e passou para Wellington Rato, que dominou com tranquilidade e bateu na saída de Tadeu. O Dragão virou o jogo e ampliou a vantagem. O time esmeraldino precisava virar novamente para levar o jogo para a disputa por pênaltis.
Mas quem estava com sede de gols mesmo era o Atlético-GO. Aos 21 minutos, o meia Shaylon invadiu a área, driblou Tadeu e deixou o goleiro esmeraldino sentado no gramado. Mesmo sem ângulo, o meia optou por finalizar e balançar as redes. Era o terceiro gol do Dragão na Serrinha e a festa já tinha começado no Estádio Antônio Accioly.
O torcedor esmeraldino que lotou a Serrinha, com o público recorde de 12.294 pagantes, começou a deixar o estádio sem perspectiva de reação da equipe em campo.
FICHA TÉCNICA
Local: Estádio da Serrinha, em Goiânia (GO)
Árbitro: Luiz Flávio de Oliveira (Fifa/SP)
Assistentes: Marcelo Van Gasse (Fifa/SP) e Anderson José de Moraes Coelho (SP)
VAR: Igor Junio Benevenuto (Fifa/MG)
AVAR: Ciro Chaban Junqueira (DF)
Gols: Nicolas aos 30' do 1º tempo (Goiás); Marlon Freitas a 1', Wellington Rato aos 5' e Shaylon aos 21' do 2º tempo (Atlético-GO)
Cartões amarelos: Fellipe Bastos (Goiás); Léo Pereira, Marlon Freitas, Wanderson, Edson (Atlético-GO)
Público: 12.294 pagantes
Público: 13.211 presentes
Renda: R$ 169.345,00
Goiás: Tadeu; Diego, Da Silva, Yan Souto e Danilo Barcelos; Auremir, Fellipe Bastos (Henrique Lordelo) e Élvis; Nicolas (Maguinho), Pedro Raul (Albano) e Apodi (Reginaldo). Técnico: Glauber Ramos
Atlético-GO: Luan Polli; Dudu (Luan Sales), Wanderson, Edson e Arthur Henrique (Hayner); Gabriel Baralhas, Marlon Freitas e Rickson; Shaylon, Wellington Rato (Brian Montenegro) e Léo Pereira (Airton). Técnico: Umberto Louzer
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