O dia de Vinicius Junior, aquele em que quem apostou contra seu sucesso perdeu, foi o da final da Champions League. Aos 14 minutos do segundo tempo, Stade de France, Saint Denis, região metropolitana de Paris, o menino negro, que nasceu em São Gonçalo, no Rio de Janeiro, 21 anos, entrou em diagonal e tocou na bola para jogar para o fundo da rede de Alisson o chute cruzado de Valverde. Real Madrid 1 x 0 Liverpool.
O gol da 14a Liga dos Campeões foi o primeiro que valeu o título marcado por um jogador negro. Quase foi de Marcelo, autor do terceiro dos 4 x 1 sobre o Atlético de Madrid, em Lisboa, 2014. Mas o herói foi Sergio Ramos, que marcou de cabeça no minuto 94 e forçou a prorrogação, concluída com gol de Cristiano Ronaldo, no minuto 120.
Vinicius, não. Depois de três títulos consecutivos, o primeiro time da história bicampeão em 2017 e 2018 com exatamente a mesma formação titular por duas temporadas seguidas (Navas, Carvajal, Varane, Sergio Ramos e Marcelo; Casemiro, Modric e Kroos; Isco, Benzema e Cristiano Ronaldo) teve um francês-árabe como protagonista, Benzema, e um herói negro, Vinicius Junior. Foi seu gol que garantiu a 14a Champions League.
Aquele 28 de maio foi o dia em que Vinicius Junior soube que nunca mais sairia da história do futebol. Fez o gol do título da Champions League. E, então...
Um novo dia de Vinicius Junior. Produto de um comentário racista, de uma resposta brilhantemente construída em redes sociais, que gerou justa solidariedade a Vinicius Junior do mundo todo. Até Barcelona torcerá por um gol de Vinicius Junior na tarde deste domingo, 16h, no Wanda Metropolitano, estádio do Atlético de Madrid.
#BailaViniJr