Ao lado da Arábia Saudita, o Catar será uma das duas seleções da Copa a ter todos os seus 26 convocados atuando no país de origem. Muito por conta de um único clube. Fundado em 1969 e maior campeão catari com 55 títulos nacionais, o Al-Sadd cedeu nada menos que 13 dos 26 jogadores que defenderão a seleção anfitriã no Mundial.
Com isso, o "Chefe" como o clube também é conhecido (Al-Zaeem, em árabe), só fica atrás das potencias mundiais Barcelona (17), Bayern de Munique, Manchester City (16, cada) e Manchester United (14) como o que mais cedeu atletas para disputar o Mundial.
Em 2003, Romário teve rápida passagem pelo Al-Sadd — Foto: Al-Sadd/divulgação
Atual tricampeão da Liga Catari, o Al-Sadd também conta em sua galeria com títulos internacionais, como a conquista da Liga dos Campeões da Ásia em 1989 e em 2011, que também lhe valeu a participação no Mundial de Clubes daqueles ano.
Dirigido pelo técnico uruguaio Jorge Fossati, ex-Internacional e seleção uruguaia, o Al-Sadd fez uma boa campanha ao eliminar o Espérance, da Tunísia, nas quartas de final, e cair apenas para o Barcelona de Messi, Inista e Xavi por 4 a 0 na semifinal (mesmo placar que aplicaria na decisão contra o Santos, de Neymar).
Na decisão de terceiro lugar, o clube catari superou o Kashiwa Reysol, do Japão, nos pênaltis.
Em 2011, Al-Sadd encarou Barcelona, de Messi, no Mundial — Foto: Reuters
Quatro anos mais tarde, Xavi seria contratado pelo Al-Sadd, onde conquistaria quatro títulos, encerraria a carreira e iniciaria como técnico, em 2019. Como treinador foram mais oito conquistas, até a sua saída na temporada 2021/2022 para dirigir o Barcelona.
Mas Xavi não foi o único grande jogador a vestir a camisa do Al-Sadd. Os também espanhóis Raúl e Gabi defenderam o "Chefe" por duas temporada. Até mesmo Romário vestiu rapidamente a camisa do clube catari em 2003 (fez apenas três partidas e não marcou gols).
Xavi foi campeão como jogaodor e técnico do Al-Sadd — Foto: Divulgação / Al-Sadd
Outros brasileiros a jogarem no Al-Sadd foram o ex-lateral-esquerdo Felipe e o ex-atacante Emerson, que depois da sua passagem pelo Catar ganhou o apelido de "Sheik".
No elenco atual, além dos 13 convocados para a seleção do Catar, o Al-Sadd conta com o veterano meia espanhol Santi Cazorla, ex-Arsenal e Villareal, e os brasileiros Guilherme, ex-Corinthians, e que desde 2019 está no Al-Sadd, e o veterano Rodrigo Tabata, de 41 anos, ex-Santos e Goiás, e que atua no Catar desde 2010.
Al-Saad é o atual tricampeão do Catar — Foto: Al-Saad/Divulgação