Goiânia – Inspirado pelo avô que trabalhava levando animais para serem negociados, o jovem Santiago Azevedo Santos, de apenas 16 anos, já se destaca na realização de eventos e leilões ligados ao agronegócio na região norte de Goiás. Chamado de Menino da Pecuária, ele está à frente de um leilão que leva o seu nome, Santiago Leilões, em que media e faz as transações com os compradores.
Morador de Uruaçu, no norte goiano, Santiago divide o tempo entre a escola e o trabalho. Ao receber o pedido de entrevista do Metrópoles, por exemplo, que seria realizada em ligação telefônica, ele já foi logo explicando que as obrigações escolares poderiam dificultar a conversa naquela data.
“Hoje à tarde eu tenho prova na escola, não consigo, não. Mas se você mandar as perguntas eu vou respondendo…”, disse à repórter. A “conversa”, então, se deu eu formato de perguntas e áudios enviados pelo WhatsApp.
Cursando o 1º ano do ensino médio, o jovem ainda não sabe o que vai cursar no ensino superior, mas é enfático ao dizer o que quer para o futuro: ter o próprio leilão de compra e venda de gado de corte.
1/7
Interesse desde a infância
Ao Metrópoles, Santiago contou que sempre teve interesse no ambiente rural, em animais e todo o universo da agropecuária. De acordo com ele, sempre acompanhou o avô Francisvaldo Vieira e, desde a infância, gostava muito de “mexer com gado”.
“Eu sempre gostei muito de gado, acompanhava o meu avô quando ele levava animais para os leilões e fui fazendo amizades. Há cerca de seis anos comecei a trabalhar nos leilões, mas em outras atividades, fazendo outras coisas, agora eu já alugo um leilão, em uma cidade próxima, Barro Alto, que leva o meu nome, ele acontece uma vez por mês”, conta ele.
Apesar da influência do avô, Santiago diz que não tem tradições familiares e nenhum outro parente trabalha com leilões.
Pouca idade
Por ter apenas 16 anos, Santiago conta que nem sempre as negociações acontecem como desejado. “Às vezes os compradores estranham a minha idade e eu preciso de ajuda de outras pessoas. Tem gente que fala que eu sou muito novo, ainda não tenho estudos, mas ao mesmo tempo, tem muita gente que me elogia, fala que eu vendo muito bem”, diz o adolescente.
Dividido entre o trabalho e a escola, o jovem estuda pela manhã e presta serviços no período vespertino. “De manhã eu vou para a escola, a tarde eu trabalho. Às terças, por exemplo, eu vou para Barro Alto. Já às quartas, eu fico aqui em Uruaçu mesmo e uma vez por mês eu alugo um leilão (o espaço físico) e faço o meu próprio. Sou eu quem realiza tudo”, conta orgulho.
Ainda indeciso quanto ao futuro acadêmico, Santiago não tem dúvidas sobre a intenção de seguir no mundo dos negócios. “Eu ainda não sei se quero fazer faculdade, mas sei que quero ter o meu próprio leilão de gado de corte, esse é o meu sonho. Quero ter o meu próprio negócio”, conclui o adolescente.
A ideia dele, no futuro, é deixar de alugar alguma área para fazer leilões de tempos em tempos e passar a ter o próprio espaço físico para sediar os negócios de compra e venda de bovinos.
