A carreira de altos e baixos teve pelo menos quatro momentos envolvendo o Brasil:

• Em 2017, ela gravou uma música com Anitta ("Switch"), mas não teve clipe lançado, após a brasileira ter áudios vazados reclamando da parceira;
• Em 2018, Iggy fez pocket show abrindo para o Jogo das Estrelas, do Zico;
• Em 2019, voltou ao Brasil para show em uma casa de médio porte em São Paulo;
• Em 2021, gravou "Brazil", música dedicada ao país que depois ganhou um remix com participação de Gloria Groove.

Nos cinco anos que ficou sem lançar álbuns, após a celebrada estreia em 2014, a australiana (do hit "Problem") viveu problemas:

• Teve turnês canceladas em 2015 e 2018;
• Foi criticada na Austrália por "forçar" um sotaque do sul dos Estados Unidos;
• Saiu da gravadora e adiou o lançamento do segundo disco, que só saiu em julho de 2019, de forma independente;
• Teve parcerias controversas, sem renderem o esperado, incluindo uma com Britney Spears e outra com Pabllo Vittar.

Nos últimos meses, a principal fonte de renda da cantora foi um perfil no Onlyfans. Ela disse em entrevistas recentes que foi uma forma de finalmente lucrar com a exploração de seu corpo.

Antes, segundo ela, quem recebia a maior parte da renda obtida com a exploração do corpo dela eram empresas. "Ganhei muito dinheiro para as gravadoras com meu corpo”, resumiu Iggy.

"Money Come", seu novo single, saiu nesta sexta-feira (25). A primeira música desta nova fase é uma ode ao dinheiro, com citações a marcas de luxo na letra.

Agora, Iggy vem ao Brasil tentando reviver os tempos em que esteve no topo das paradas com hits como “Problem”, com a Ariana Grande, e “Fancy”, com a Charli XCX, música que geralmente encerra os shows.

Em entrevista ao g1, pouco antes do último show que fez por aqui, ela contou que Charli é "bem aberta para novas ideias". "Ela gosta de criar experiências, de inventar quase um mundo novo. O mais divertido de trabalhar com a Charli é que nenhuma ideia é maluca o suficiente."

Os dois sucessos de 2014 ainda são os maiores da carreira. Naquele ano, ela igualou um feito histórico dos Beatles ao conseguir o primeiro e o segundo lugares do Hot 100 da revista americana "Billboard". Ao mesmo tempo.

Depois do auge, lançou mais dois álbuns ("In my defense" e "The end of an era"), sem tanto impacto.

"Eu sou muito agradecida por ter a carreira que eu tenho. Eu acho que às vezes a gente se importa muito com o que está acontecendo com as outras pessoas", disse ela ao g1.

"É possível você pensar que talvez poderia ter um emprego melhor, ou uma vida melhor, mas essa é uma parte da jornada. Estar fazendo música profissionalmente e ter a chance de ser criativa e ainda estar aqui forte... Eu estou feliz pelo que tenho. Eu sou uma sortuda."

Falando com o g1, ela tinha sido só elogios para Anitta ("Eu adorei trabalhar com ela. É incrível, uma ótima dançarina"). Em março deste ano, porém, passou a adotar outro tom em suas redes sociais.

"Nunca fiz nada contra essa mulher", comentou. "Todo o fã-clube dela se virou contra mim porque a gravadora não quis lançar mais o clipe, depois que houve vazamento. É uma loucura. Essas pessoas precisam ser medicadas."